Seu filho é muito tímido?

Veja como ajudá-lo com o Método do Espelho.espelho_final

Qualquer um que tenha um filho adolescente já sentiu alguma vez aquela sensação de estar falando sozinho, sem receber respostas… Ou passou a vergonha de tentar apresentar o rebento para alguém e ele simplesmente se fingir de paisagem, como se não fosse com ele…

Comportamentos como esses podem ser normais da idade. Afinal, é nessa fase que nós, pais, deixamos de ser heróis para nos tornarmos humanos cheios de defeitos aos olhos de nossos filhos.

Nesse momento de redescoberta do mundo, em que absolutamente tudo muda – as ideias, os sentimentos, o corpo físico – é natural que os adolescentes se tornem mais introspectivos.

Isso é um problema? Não necessariamente. Depende do tamanho dessa introspecção e do tempo pelo qual ela vai se estender.

Casos muito agudos, quando uma timidez que já estava patente na primeira infância se aprofunda, podem precisar da ajuda especializada de um psicólogo ou terapeuta.

Na maioria das vezes, porém, é só uma fase passageira. E você pode ajudar seu filho a atravessá-la usando o Método Metacognitivo do Espelho, utilizado no Programa MenteInovadora.

Para que serve o Método do Espelho?

Método do Espelho ajuda a desenvolver o autoconhecimento e a autoconsciência. Ao olharmos para nós mesmos, ganhamos uma oportunidade de entender melhor nossos próprios sentimentos, pensamentos e ações diante de situações vividas.

Se você guiar seu filho nesse processo, ele poderá descobrir que as reações dele, muitas vezes, são pautadas por padrões estabelecidos aos quais ele recorre sempre que se vê diante de determinadas situações.

Fechar-se em si mesmo para evitar a interação com o outro, quando se torna um padrão, pode originar um bloqueio emocional que vai impedi-lo de se desenvolver. E o Método do Espelho pode ajudar a lidar com esse padrão.

Como aplicar o Método do Espelho?

A aplicação do Método do Espelho é feita em três etapas: o reconhecimento, a análise e a implementação.

O Reconhecimento é, muitas vezes, o mais difícil, porque implica num desejo real de olhar para si mesmo e de aprender com a própria experiência. E isso pode ser difícil e doloroso para um jovem adolescente que tenta se esconder do mundo. Antes de propor esse olhar ao seu filho, experimente o método em si mesmo. Olhe com honestidade para seus fracassos e derrotas, e também para sucessos e vitórias, e se questione: o que ele têm a lhe ensinar?

Ao se colocar essa pergunta, você entra na segunda etapa do método, que é a Análise. Para alcançar a objetividade necessária aqui, dê um passo para fora de si mesmo e analise a situação vivida como se fosse de uma outra pessoa. Com o distanciamento emocional, você conquista a capacidade de fazer um exame crítico e ético mais eficiente. Tente perceber os esquemas de pensamento e barreiras emocionais que pautaram as ações diante de um fato ou situação.

Ao enxergar de fora o caminho percorrido e as razões que o levaram a tomá-lo, você consegue vislumbrar caminhos diferentes que teriam levado a outros resultados. E aí você chega à etapa da Implementação, que consiste em colocar em prática as mudanças que percebemos que teriam sido benéficas.

O esforço para gerar uma mudança estrutural, porém, deve ser contínuo, pois esse passo da implementação exige muita atenção diária e o desejo sincero de mudar.

Voltando à timidez…

O Método do Espelho pode ser uma ferramenta poderosa para que seu filho reconheça que está se fechando para o mundo. E ao levá-lo a analisar os padrões de comportamento e barreiras emocionais que o estão movendo nessa direção, você pode ajudá-lo a superar essa fase com mais leveza. timidez-1

Enquanto a timidez não passa, porém, seguem algumas dicas práticas para lidar com o dia-a-dia:

  • Não rotule seu filho – só piora a situação dizer aos outros, na frente dele, que ele é tímido.
  • Converse com ele – com amor e muito cuidado, tente perguntar a ele por que foi se trancar no quarto quando uma visita chegou em casa? Ele ficou desconfortável? Por que se sentiu assim? Tente mostrar alternativas que ele poderia ter adotado. Cumprimentar a visita, mesmo que de longe, antes de se retirar, por exemplo, pode ser um passo para começar a quebrar o padrão de comportamento.
  • Crie situações de convivência – tente, sutilmente, incluir um amigo ou outra pessoa de que ele goste em situações de interação. Uma ida ao cinema com vocês, por exemplo, seguido de um café para conversar sobre o filme. Mas faça isso de forma suave. Exagerar na dose, convidando grupos grandes de pessoas, pode levá-lo a se fechar ainda mais.
  • Pratique antes – Se ele vai ter uma situação em que terá de interagir, numa entrevista de emprego, por exemplo, ajude-o a refletir sobre o que pretende contar e como vai fazer isso. Praticar antes pode ajudá-lo a se sentir mais preparado e confiante.
  • Elogie – Reforçar as qualidades e pontos positivos da personalidade de seu filho vão ajudá-lo a ganhar confiança.

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